Otimismo e ousadia

Estas duas palavras resumem a atividade de formação política chamada pela juventude do PT de Gravataí, que foi aberta a quem quisesse participar.

Foi um sábado de muitas emoções, onde os participantes da formação puderam expressar-se da forma como sentiam vontade.

Quem trabalhou expondo a história, políticas e problemáticas da luta LGBT, foi o estudante de pedagogia e militante da causa, Thiago Lopes.

Muitas falas foram feitas no sentido de que não há mais espaço para tanta desumanidade entre as pessoas, e que a necessidade de liberdade e felicidade já não cabe mais nos falsos moralismos que somos surpreendidos todos os dias. É preciso quebrar a cadeia do desamor entre pais e filhos (as), mães e filhos (as), professores, professoras, alunos, cidadãos, e pessoas de forma geral, que se veem muitas vezes obrigados a enquadrar-se em uma moral que não dá espaço para a diversidade e até mesmo alguns direitos civis. Boas falas foram feitas sobre este aspecto, onde hoje é permitido que pessoas do mesmo sexo façam contrato de união estável no cartório, o grande porém esta na conotação mercadológica a que isso obedece. Mais parece uma forma de "amenizar" a essência da questão, e como bem disse um amigo nosso, "eu não quero fazer um contrato, eu quero casar no civil".

Otimismo, porque o debate foi qualificado e conseguimos trazer a tona uma pauta que passa pela vida de qualquer ser humano: sexualidade. E com isso, estabelecemos mais um espaço de diálogo e respeito entre os sujeitos.

Ousadia, porque infelizmente mesmo com lutas incansáveis de determinadas entidades, órgãos e pessoas, ainda é um tema mitificado, e às vezes passado como tabu. Verbalizar seu mundo humaniza. E nesta tarde de sábado, independentemente da sexualidade de cada um, verbalizamos nosso mundo, e mais do que isso, tivemos mais certeza de que ser feliz, livre e ter o direito ao amor, é essencial.